Olho o mar como quem olha para amanhã, lugar onde ainda ninguém sabe como é que é ou vai ser. Afinal de contas num distrair de tempo, olho para lá do lá que há em mim.
O vento sopra fraco mas trás o teu perfume, o que faz com que eu sinta na alma todas as dores do mundo só porque eu deixei-te faz cinco minutos ainda não contados.
Olho o mar e parece desembarco nesse porto de abrigo que é o teu peito onde encosto a cabeça.
Olho-te.
Sanzalando
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