recomeça o futuro sem esquecer o passado

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27 de outubro de 2016

Feliz amanhã

Mar revolto em dia tropical, húmido e quente, nem brisa nem sol. Abafado. Olho o zulmarinho como se fosse a primeira vez., nunca o olharei como se fosse a última.
Medito. Se calhar canto um mantra no silêncio da minha alma. Relembro Fernando Pessoa que disse que quem não vê bem uma palavra não pode ver bem a alma, e eu vejo as palavras que navegam no mar da minha alma.
Deixo-me embalar e vou recordando cara a cara as caras que olhei pela vida fora.
Deixo cair uma lágrima de vez em quando, por saudade e não por tristeza. Nome e cara se ligam no meu pensar saltitante enquanto vejo o mar revolto em dia tropical. O meu sorriso transparece revelando uma alegria, um rosto, um momento.
Canto um mantra porque não quero ter a capacidade de julgar, quero apenas recordar o ontem para viver o hoje, feliz amanhã

Sanzalando

26 de outubro de 2016

zulmarinho

Me sento num aqui a olhar o zulmarinho. Como é bom ver que o mundo está lá. Como é bom saber que tem gente para lá da linha recta que é curva que me olha com olhos de saber o que ando a fazer. Como é bom saber que a brisa me trás os perfumes da memória, as lembranças alegres de mundos que vivi.
Me sento por aqui a olhar o zulmarinho e a imaginar que tem gente que pensa que a vida vai mudar depois de qualquer coisa, que está sentado à espera e esquece que a felicidade, a alegria e o bem estar não mora nem no passado nem no futuro mas no agora mesmo.
Me sento aqui a meditar e a imaginar que a vida é uma passagem e que eu tenho de a viver agora porque não estou aqui a não ser de passagem.

Sanzalando

25 de outubro de 2016

sortudo

Me olho só de cima do meu metro e oitenta e vejo que afinal de contas sou um sortudo. Mais coisa menos coisa. Não sou de encontrar o amor da vida em cada minuto que passa, não sou capaz de rir mesmo da desgraça, minha ou alheia, não choro por ter graça. Mas sou um sortudo que imagina que gosta de sombra em dia de sol e que cuida das árvores para a ter. Sou um sortudo porque olho para cada lado e encontro um ombro amigo onde me encostar se precisar.
Sim, eu sou um sortudo porque tenho a quem agradecer.


Sanzalando

24 de outubro de 2016

regressado

Eu fui viajar. Desloquei-me uns tantos fusos para leste. Vi prédios que nunca imaginaria ver. Vi jardins onde não pensava poder haver. Eu cruzei-me com gente rica, falei com gente pobre. Eu vi um mundo muito diferente daquele que estava habituado a ver. Não, não fui à praia nem fiquei de papo para o ar a respirar destresssante. Eu fui aprender. Eu fui ver com olhos de ver coisas. Eu fui sentir. Eu perdi-me de amor por aqueles recantos.
Mas surpreendente foi o recado em sms para ver o facebook. Não pode ser!!!! 
Surpresa.
O que faço agora? Espero e de preferencia sentado a olhar para as mil e seiscentas fotos que cliquei no lado leste para onde eu fui aprender que o mundo não termina ali onde os meus olhos conseguem ver.
Parabéns a Arthenis que tão bem, como é seu hábito, me alinhavou ums posts por aqui.

Sanzalando

22 de outubro de 2016

praguejando




"Raispartófunje que se queimou e agarrou!!!!" Arthemis praguejando enquanto controla o jet lag e arruma as jet leggings na gaveta das meias.


Sanzalando

21 de outubro de 2016

faço mais como?



"Mermão, faço mais como para por as sanzala nas ordem?" Arthemis reflectindo enquanto usa os rolos no cabelo preparando a mise para receber o escritor.

Sanzalando

19 de outubro de 2016

SANZALA EM FESTA - preparativos






"Quem escreve livros assim não é analfabeto!!!!" Arthemis reflectindo enquanto varre para debaixo do tapete.


Sanzalando

7 de outubro de 2016

caminho à sombra

Hoje me apetece seguir pela sombra porque o sol de outono ainda é forte por aqui..
Hoje o caminho é pela sombra. São tantas as vezes que eu tento dar luz a caminhos sombrios que hoje, porque é de tarde, me apetece caminhar na sombra. Eu sei que podia partir, sei que podia simplesmente ficar, porém, caminho, umas vezes sonhando com o deserto outras mar e outras floresta. Caminho, mas nem sempre o mais fácil é fugir da dor, da saudade ou da alegria. Caminho pela paz de espírito, pelo silêncio de mim e alegria do outros. Meu pai me dizia que os caminhos são desconhecidos até os percorrermos. É o que eu faço. Caminho por caminhos que levam por aí. O caminho não me importa.




Sanzalando

6 de outubro de 2016

olhar

Não foi um abraço nem um beijo. Foi mesmo e só o teu olhar. Não foi o eu fechar os olhos e sonhar, foi mesmo  a carícia do teu olhar. Foi mais ou menos assim num parar do tempo e só existíssemos nós os dois.
É mais como olhar-te e ver que os teus olhos continuam a dialogar comigo. O teu olhar sorri-me. 
Os teus olhos fazem-me não ter medo porque sei que o teu olhar levam os meus e não é em vão



Sanzalando

5 de outubro de 2016

sorriso

Felizmente o meu sorriso tem o teu a acompanhar. Um sorriso vadio tem valor mas um acompanhado nem te conto. Um sorriso pode abraçar alguém sem que alguém sinta o toque do corpo e braços. Uma pessoa é feliz quando o corpo sorri.
Com e sem palavras sorrio mesmo que às vezes o meu sorriso transporte alguma tristeza. É mais fácil carregar esse peso com um sorriso. 
Dá-me um sorriso. Obrigado!



Sanzalando

4 de outubro de 2016

reflexão

Olhando para mim e verifico que tento mudar por dentro para que o fora seja um reflexo. Eu tento que o que me vêem seja o reflexo de mim, fotografia simétrica da minha intimidade, sorriso estampado na alma, pureza clara de pensamento positivo. Enfim, que o meu silêncio exterior não seja sinal da minha inexistência ou alheamento, que a minha procura de correspondência seja sinal de complementaridade.
Afinal de contas trata-se apenas de uma simples conta de aritmética: quantos sonhos já me tirou a vida ou quanta vida já fora tirada pelos sonhos. Nem quero saber, pois tento viver a vida com os meus sonhos, com a riqueza de pensar e sonhar a vida tal qual ela me faça feliz.
Eu sou apenas o reflexo do meu ser.


Sanzalando

2 de outubro de 2016

Capuchinho Vermelho

Estando eu a ler a estória do Capuchinho Vermelho dou comigo a pensar que o Lobo Mau é sempre o mau da estória. Se a estória fosse contada pelo Lobo será que era assim na mesma? Caramba. Já não consigo responder às minhas perguntas.
Afinal de conta eu sou um amante de silêncios, de palavras caladas e sorrisos sinceros e não carrego ódios, aquela coisa que faz a boca ser mais rápida que o pensamento.
Vou continuar a ler a estória do Capuchinho Vermelho contada por ela mesmo e esperar que haja o contraditório.

Sanzalando