Mar revolto em dia tropical, húmido e quente, nem brisa nem sol. Abafado. Olho o zulmarinho como se fosse a primeira vez., nunca o olharei como se fosse a última.
Medito. Se calhar canto um mantra no silêncio da minha alma. Relembro Fernando Pessoa que disse que quem não vê bem uma palavra não pode ver bem a alma, e eu vejo as palavras que navegam no mar da minha alma.
Deixo-me embalar e vou recordando cara a cara as caras que olhei pela vida fora.
Deixo cair uma lágrima de vez em quando, por saudade e não por tristeza. Nome e cara se ligam no meu pensar saltitante enquanto vejo o mar revolto em dia tropical. O meu sorriso transparece revelando uma alegria, um rosto, um momento.
Canto um mantra porque não quero ter a capacidade de julgar, quero apenas recordar o ontem para viver o hoje, feliz amanhã
Sanzalando
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