Acho o vento foi para outras paragens, deixando os corpos musculados e os bem torneados vagabundarem pela areia das mil cores do zulmarinho que mansamente também se espraia por aqui em marés de verbo encher ou vazar. Eu, sento-me aqui abrigado na sombra de memórias, idealizando mantras e replicando meditações, como que a querer viver cada segundo como se fosse hora, na forma de ter mais tempo para sorrir feliz em cada tempo de verão.
O corpo queimado, do sol e do tempo vivido, bronzeado de passado, esperança de futuro e a viver o presente com intensidade de uma qualquer manhã de verão, me deixo enredar em filmes que nunca filmei, livros que não escrevi mas em vida que fui vivendo.
O marulhar me embala ritmado. A maresia me perfuma. Na cara um sorriso. É verão do meu contentamento porque em cada abraço eu sinto que gosto deste mundo
Sanzalando