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13 de abril de 2008

lutas

Me sentei assim num bar como que de olhos fechados a olhar para as paredes que assim pareciam ter ficado que nem vazias e fui enchendo a minha cabeça de imagens que ia recebendo de ouvido.
Percebi que algures estava sentado um homem ferido e zangado que nem uma fera, vi prisioneiros acorrentados em cadeias mentais, idealizei grilhetas em gargantas secas de tantos gritos sufocados.
Algures uma voz serena, lúcida, procurando sílabas abertas nos escombros das derrocadas de frases incompletas.
Permaneci de olhos fechados embriagando-me nas imagens que ia criando, lacrimejando pelas almas que sentia perdidas, gritando silêncios pelas vidas escuras.
Revoltado abri os olhos e comecei uma luta de gestos serenos e ideias claras, não lhe sabendo o fim e não espezinhado ou esquecendo os meios.


Sanzalando

2 comentários:

  1. ... e o barman acercou-se de ti, e disse:
    - Por favor, o que deseja?
    SJB

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  2. "LUTA

    Pássaro sem espaço
    Rio sem leito
    Árvore sem floresta

    Mas dou sinais de mim"

    Fernando Sylvan in "Tempo teimoso", Janeiro 1972

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