recomeça o futuro sem esquecer o passado

Podcasts no Spotify

29 de abril de 2008

Se eu tivese um diário

Meu querido diário, como tu sabes eu não queria ser nada nem ninguém. Ninguém me perguntou nada e eu não pude ir contra o meu destino. De verdade é que hoje não aconteceu nada de relevante. Faz frio, o que é hábito. Faz vento, o que é frequente. Está nublado, o que é costume. Não me apetece aturar o mundo, o que é rotina. Chove, que esperava eu aqui?
Pronto, vou escrever-te a dizer que houve um olhar no jardim que me fez transpirar, que me fez recordar canções da adolescência.
Escrevo, mas sei que é falso porque com este tempo eu não fui ao jardim e se tivesse ido não teria tido oportunidade de descobrir esses olhos de tão ocupado estar a abrigar-me.
Diário, sei que és a minha sebenta coerente onde explico o que me passa na intimidade, onde encontro a paz do meu equilíbrio, mas na verdade não te escrevo nada de relevante porque apenas não existe, mas se quiseres literatura terás que ir a uma biblioteca.
Meu querido diário, assim te comecei, assim te acabo.
Sanzalando

1 comentário: