Meu querido diário, como tu sabes eu não queria ser nada nem ninguém. Ninguém me perguntou nada e eu não pude ir contra o meu destino. De verdade é que hoje não aconteceu nada de relevante. Faz frio, o que é hábito. Faz vento, o que é frequente. Está nublado, o que é costume. Não me apetece aturar o mundo, o que é rotina. Chove, que esperava eu aqui?
Pronto, vou escrever-te a dizer que houve um olhar no jardim que me fez transpirar, que me fez recordar canções da adolescência.
Escrevo, mas sei que é falso porque com este tempo eu não fui ao jardim e se tivesse ido não teria tido oportunidade de descobrir esses olhos de tão ocupado estar a abrigar-me.
Diário, sei que és a minha sebenta coerente onde explico o que me passa na intimidade, onde encontro a paz do meu equilíbrio, mas na verdade não te escrevo nada de relevante porque apenas não existe, mas se quiseres literatura terás que ir a uma biblioteca.
Meu querido diário, assim te comecei, assim te acabo.
Sanzalando
Pronto, vou escrever-te a dizer que houve um olhar no jardim que me fez transpirar, que me fez recordar canções da adolescência.
Escrevo, mas sei que é falso porque com este tempo eu não fui ao jardim e se tivesse ido não teria tido oportunidade de descobrir esses olhos de tão ocupado estar a abrigar-me.
Diário, sei que és a minha sebenta coerente onde explico o que me passa na intimidade, onde encontro a paz do meu equilíbrio, mas na verdade não te escrevo nada de relevante porque apenas não existe, mas se quiseres literatura terás que ir a uma biblioteca.
Meu querido diário, assim te comecei, assim te acabo.
Muitas vezes eu quero literatura e venho aqui !
ResponderEliminarUm abraço