Que faria eu se não te tivesse? Afogar-me-ia em ruídos, suicidaria em gritos estridentes e lacrimejantes do dia a dia e deixava o sorriso escondido numa qualquer caixa de sapatos velhos lá de casa?
É o destino de quem ama, por vezes o impossível, por vezes o inatingível e outras vezes o arrogante amor simples de ser amado.
O que faria eu se não te tivesse? Como ouviria eu os gritos calados da dor, a dúvida de ainda ser dextro e a ruminação da impotência de ser menos válido?
Ao menos contigo ouço-me conversar, ouço o barulho de espadas na sua feroz luta do hei-de conseguir.
Silêncio, salvaste-me, porque consigo seguir-me nas recordações mentais sem sobressaltos, não cansando a minha gasta memória nem me deixando extravasar em suores de esforço e solidão atrás de tanta gente.