Que faria eu se não te tivesse? Afogar-me-ia em ruídos, suicidaria em gritos estridentes e lacrimejantes do dia a dia e deixava o sorriso escondido numa qualquer caixa de sapatos velhos lá de casa?
É o destino de quem ama, por vezes o impossível, por vezes o inatingível e outras vezes o arrogante amor simples de ser amado.
O que faria eu se não te tivesse? Como ouviria eu os gritos calados da dor, a dúvida de ainda ser dextro e a ruminação da impotência de ser menos válido?
Ao menos contigo ouço-me conversar, ouço o barulho de espadas na sua feroz luta do hei-de conseguir.
Silêncio, salvaste-me, porque consigo seguir-me nas recordações mentais sem sobressaltos, não cansando a minha gasta memória nem me deixando extravasar em suores de esforço e solidão atrás de tanta gente.
Hoje, com o tempo que está lá fora, dá mesmo para ficares em casa, com uma inspiração ainda mais forte para mais um texto de qualidade. Para quando um livro com todas estas crónicas maravilhosas? Tem um bom fim de semana.
ResponderEliminarBeijos
Vera Lucia