Acordei como por instantes, dum sono profundo, e apeteceu correr a abraçar-te, atravessar mares, escalar montanhas, saltar rios, voar, tudo o que é possível fazer em sonhos. Nesses instantes soube que tinha embalsamado memórias, tinha enumerado numa escala cronológica amores impossíveis. Não estavas nem num nem noutro lado. Por brevíssimos instantes arrepiei-me de solidão mental até que me lembrei que não te tinha arrumado em lugar nenhum. Andas sempre em mim, no meu colo, no meu olhar, no meu ar, na minha lágrima.
Visto do lado de fora ninguém dará nada por nós. Visto do teu lado não se consegue ver absolutamente nada. Vito do meu é um só visto nostálgico de adolescente que teima ser eternamente assim.
Nem mais nem menos.
Do meu lado só mesmo com lentes de contacto e mesmo assim...
ResponderEliminarSJB
Jesus Maria! como você escreve o que eu queria, se tivesse dom para tal, escrever, vertendo palavras tão sábias, dos corações prenhes de solidão...
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