Soletro palavras soltas em voz desafinada ao ritmo das lágrimas choradas em silêncio. Mais uma vez mergulho na nostalgia, nado na saudade e bronzeio-me no arrependimento. Mais uma vez faz anos que te deixei, sei lá porquê, sei lá a razão que o meu coração falou mais alto que a cabeça, se hoje estamos todos cada um para seu lado e se calhar até, de costas voltadas uns para os outros, na tentativa de nos enganarmos com a ideia que não sabemos da existência uns dos outros. Eu penso que vocês nem sabem que eu existo. O mesmo se deve passar com vocês. Digo eu que não sei porque estou à margem de vós.
Tu lá longe, de chuva ou tropicalmente quente, finges que desconheces a minha existência, quando eu sei que tu me olhaste faz agora anos, num olhar fixo de quem quer ver o que vai acontecer e infelizmente não aconteceu nada.
Tu aqui, mais perto, sei que nunca mais te passou pela cabeça saber de mim. Merecido, digo eu que não sou de intrigas, nem acerto num alvo de presunções.
Como vês, aqui estou eu a soletrar palavras vazias num eco surdo de memórias.
Sanzalando
Triste mesmo, e ficam ambos a perder!
ResponderEliminarEsta vida é madrasta!
SJB