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10 de novembro de 2011

fisicamente

Adoro dormir porque sei que te vou encontrar nos meus sonhos. Pena mesmo é que eu gasto pouquíssimas horas a dormir. Assim tenho que te viver em imaginação, o que não é a mesma coisa, sabes. 
Ainda à pouco, refastelado no sofá, digerindo uma refeição, matucando em diálogos virtuais tidos nas últimas 24 horas, e que nem sempre eram corretos e leais, que me saltou a ideia do quando eu te deixei. Esta frase rebolou na minha cabeça de tantas formas e sentidos, descompostamente resvalou para e depois que eu te deixei. 
Sei que não é uma frase, é apenas o início duma frase, mas foram esses inícios que rebolaram na minha cabeça, parecia estavam numa máquina de lavar, rodando ora para um lado, ora para outro. Quando ficava mais à vista o quando te deixei, a continuação era mesmo a existência de uma não continuação que vinha. Entre o quando e o depois parece que não havia nada, um espaço vazio na minha cabeça que para além dum espaço branco, embora eu pudesse preencher, ficava a ausência até de palavrões e outras conjugações. Nesse espaço de não palavras estava um silêncio doloroso e uma imobilidade que me fez dormitar.
Levantei-me, revi datas, números soltos, parágrafos escritos no amarelado tempo caído no esquecimento e conclui que afinal não havia o quando nem o depois, apenasmente o fisicamente.


Sanzalando

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