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3 de abril de 2015

à luz dum candeeiro

Sentado num candeeiro de esquina, deixo-me levar nos sonhos desde os tempos de criança, assim moleque de sandálias de pneu, despreocupado das coisas da vida até aos dias de facto e às vezes gravata, parece é sessão solene. Num recanto me lembro que o amor verdadeiro começa lá naquele ponto onde não se pede nada em troca, naquele degrau onde tudo fica claro como água da Senhora do Monte, onde os relógios deixaram de ser ditadores de compassos marcados numa língua áspera de espaço compartimentado em horas distintas e por vezes sem fuso nem horário.
Sentado numa esquina com candeeiro mais nada me resta a não ser adiantar o relógio para o tempo sem ti passar mais depressa

Sanzalando

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