Marquei na paisagem que era tempo de cacimbo mesmo que aqui, onde estou no faz de conta, não cacimbe nesta altura. Tomei o quebra jejum que antes eu chamava matabicho, mas hoje eu sei que bicho nao deve morrer só assim todas as manhãs so para eu ser feliz. Pão cozido, nunca percebi se é feito no forno não é assado, em forno de lenha, que até manteiga escorrega parece faca quente no gelo, um café de saco que até parece tem colher se segura em pé.
Enfim, eu no ermitario com os meus pensamentos e as minhas imagens de memória, fugido do boliço da cidade grande, das vidas corridas tantas vezes contra marés, dos sonhos feitos pesadelos, troco palavras com sossego e silencio pelo caraquejar das galinhas que resolveram me serenatar desde madrugada.
Eu, ermita de mim, corro tanta que dou comigo atras de mim a escrever as palavras que não sei vão chegar ao outro lado dum mundo que ansiosamente um dia espera por mim, assim como que sentado no vazio do esquecimento.
eu aqui, ermita, levito todos os nomes de quem um dia, pelo menos, foi meu amigo.
Sanzalando