Um dia eu disse na conterra que vou comprar esse morro, vou ficar sem televisão, sem ruído do mundo e vou ermitar-me. Não falei mentira nem disse toda a verdade. Conterra me entendeu e disse um que sim que me convenceu.
Pois não é que hoje estou no morro, sem televisão, sem telemóvel (MAS COM UM TABLET) a escrever as letras que me saltam na memória, as frases que um dia poderão ter sentido ou, como diria meu amigo Cipriano, proibidas não serão ao certo. Troco palavras com silêncio, chilrear por folhas batidas pelos ventos que não sei de onde sopram, tantas as voltas que já dei. Aqui, batido pelo horizonte, sem maresia e sem roncos ensurdecedor de carros, troco tranquilidade com sabedoria das folhas que folheio dos livros adiados, com reflexões de alma e coração.
Sei que não molho os pés no zulmarinho, não me embalo nas ondas dele para caminhar para sul. Aqui estou eu, simples feito gente de quase nada valer.
Aqui estou , conterra, no ermitario a sonhar acordado.
Sanzalando
Sei que não molho os pés no zulmarinho, não me embalo nas ondas dele para caminhar para sul. Aqui estou eu, simples feito gente de quase nada valer.
Aqui estou , conterra, no ermitario a sonhar acordado.
Sanzalando
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