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24 de dezembro de 2017

ainda outra estória de natal

Hoje sinto-me como se tivesse apagado a última gota do que existia em mim. Cortei as correntes e as joguei ao mar.
Da Galileia chegou-me a notícia que três gajos magros que seguiam uma estrela, das dez que usam Lux, montados num Camel de tracção às quatro, de ar condicionado ao exterior, ainda estavam longe de chegar à Nazaré, onde uma senhora havia gerado uma luz através dum parto.
Atento segui as notícias. Tudo o que era rádio, televisão e smartphones estava sintonizado para o Oriente Médios que fica um pouco antes do Oriente propriamente dito e eu atento a todos eles. 
Os gajos magros faziam-se acompanhar de incenso que serve para purificar o ar, de commiphora myrrha, conhecida simplesmente por mirra, e cujas resinas têm efeito anti-inflamatório, antisseptico, analgésico e aromático, o que é muito bom para entorses, torcicolo, nevralgias e dores de garganta, para além de ser um bom desodorizabte e de outro que serve para fazer compras e embelezar. Isto deixou-me preocupado. Três prendas para uma luz que haveria de ser dada à luz num estábulo da Nazaré.
Foi aqui que fui ao fundo até às correntes que havia jogado ao mar.
Ai me lembrei o que um meu mestre sempre me dizia, em caso de risco não desesperes, olha para cima e encontras a luz. De facto quando amanheceu eu via a luz, do dia e estava marcadao para esse o tal parto na Galileia.


Sanzalando

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