Aqui volto eu a este meu caminhar trôpego, soluçante para não dizer que até a caminhar gaguejo, só pelo prazer de estar aqui ou acolá contigo. E hoje, junto a este meus passos me apetece declamar assim num improviso de como quem não quer a coisa, pelo que tusso, imito um gargarejar dum desinfectante imaginário para ficar com uma voz bem legível, endireito as costas para me dar um ar solene e começo:
No fundo dum rio,
afogado no esquecimento,
destapado de cor,
tremula de frio,
existe uma pedra,
que é o amor
que te esqueceste de dar.
Quando cai o Inverno
e o seu nevoeiro
recorro à praia,
piso brasas de inferno,
tapo-me de vento
para não chorar.
No fundo dum rio
Cai o inferno
Esquecido de cor
Numa praia de vento
Carregada de amor.
No fundo dum rio,
afogado no esquecimento,
destapado de cor,
tremula de frio,
existe uma pedra,
que é o amor
que te esqueceste de dar.
Quando cai o Inverno
e o seu nevoeiro
recorro à praia,
piso brasas de inferno,
tapo-me de vento
para não chorar.
No fundo dum rio
Cai o inferno
Esquecido de cor
Numa praia de vento
Carregada de amor.
Sanzalando
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