recomeça o futuro sem esquecer o passado

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28 de julho de 2008

um dia

Tropeço palavras em passos soltos. Fujo das minhas obsessões correndo para a liberdade do meu deserto de realidades. Aqui, abutres de ideias, circundam a minha cabeça em círculos perfeitos. É hoje, pensei eu num medo infindável de fraquejar. Há muito deixei a minha maneira de andar nas palavras e procuro novos caminhos. Alucinei no medo de ser deglutido pelos abutres da putrefacção. Deixei que o meu corpo se desintegrasse na desanimação e percorri palavras sem sentido. Decido-me a não olhar em frente. Na verdade deixei de olhar e passei apenas a ver. Não pestanejo, não rio, não simplesmente não.
É assim quem busca o oásis da ilusão, um viver de inconstâncias constantes, de dunas evidencias.
Um dia vou acordar e vou ser diferente. Um dia…

Sanzalando

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