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6 de fevereiro de 2014

delirante amor

Caminho pela areia escaldante do pensamento, saltito de um para outro, assim num sobrevoar das ondas, como uma rajada de vento e me fico pelo barco pirata porque não encontro o original, desta praia de imaginação.
Já pisei uma toalha. Pedi desculpa duma forma maquinal. Tanta ideia, pouco espaço e eu tenho que caminhar desenhando letras, que nem eu sei quais são, por entre turcos de cor, espalhadas na areia num caos verdadeiro e ainda tenho de seguir o pensamento para não perder o fio à meada. É claro que há um encontrão, uma pisadela, uma palavra perdida no contexto. Mas eu caminho por entre palavras e pensamentos, erraticamente ao sabor das ondas, puxado pelo vento deste escaldante inverno temporal, neste verão quente de amor, nesta primavera de brilhos românticos.
Desculpe. Onde é que eu ia? E eu sei? Como dizia o poeta, por aí não vou!
Mas também não me perguntem quem sou nem digam que me conhecem. Virem a cara, baixem os olhos, assobiem para o ar.
Deixem-me caminhar que os sonhos ainda são uma criança e o tempo há de mostrar que ainda há muito para dar.


Sanzalando

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