Sopro contra o vento e o resultado é nenhum. Ele sopra mais que eu e eu desisto de lhe resistir. Deixo-me levar como se fosse uma folha de papel ainda por escrever e ele, o vento, sopra sopros de inspiração e o papel parece continua em branco mas voa de lugar em lugar sem parar. Pareceu-me ver nesse papel uma lamento de dor antiga mas vi logo era impossível porque isso poderia criar uma nova dor. Foi mesmo só reflexo de sol arrefecido pelo vento que deu rajada na hora errada.
Soprei contra o vento e o resultado foi nenhum. Despentei-me e solidarizei-me com ele e sorri como fez a folha de papel ainda por ser escrita e fui com ele ao seu sabor.
Sopra vento que eu sopro contigo, amor.
Sanzalando