Assim como menino bem comportado e arrumadinho coloquei ambos chinelos nos cantos superiores da toalha que estendi na areia escaldante da praia. Parece fizeram verão de propósito quando eu não posso veranear. Mas assim estendi a toalha, amarrei a azia no ego de mim, mergulhei num bem feito a água está gelada, e estiquei-me ao sol para ver se a cor pardalenta se pardalava num escaldão depenante.
Estendido desatei a divagar que nem delírio de febre gripada, dizem no verão é mais lixada que lixa grossa que nos lixa a vida das vontades e afins.
Mas divagando eu, num devagar para não cansar, quando descubro que a melhor solução para uma desarranjado amor é arranjar outro. Parece é comédia precisar dum amor para apagar outro, parece é usar gasolina para apagar um fogo. Também descobri que há coisas piores do que estar só, mas a gente precisa de décadas para as descobrir, o pior é que quando a gente as descobre é tarde de mais. Acho não há coisa pior que ser tarde demais.
Já com a toalha desarranjada da perfeição inicial descubro que é preferível viver junto e poder dizer obrigado amor.
Sanzalando
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