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21 de agosto de 2014

mar e cicatriz

Neste mar onde desaguam muitos rios e muitas lágrimas deram à costa, onde passeio o pensamento e onde alinhavo ideias e construo os meus sonhos e coloro as minhas ideias, dou comigo a perguntar-me porque não tenho notícias tuas e porque o meu telefone não toca quando estás a trabalhar. Porque será que fico assim com cara tão idiota como um adolescente que não sabe nem andar direito? Já sei que a seguir a minha consciência vai dizer que já não tenho idade para brincar ao amor assim, que o meu tempo era e não o é.
Mas o marulhar me leva estas ideias e me trás o sorriso, a descoberta pulsátil dum ser que cresce ainda, que ainda tem tempestades para chorar e de dias de sol para brilhar.
Por este mar eu me entrego em amor e fecho às feridas incuráveis que a saudade não permite cicatrizar.


Sanzalando

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