Pedalo em protesto contra o vento. Desconsegui ganhar. Primeiro eu me cansei a valer e em segundo ele continua a soprar e eu a arfar. Também foi a primeira vez que participei num protesto publico embora fosse só eu que sabia porque pedalava. Devagar é verdade.
Mas deu para ver que criei a minha dor à minha imagem e semelhança, que o tempero do amor é a sua loucura igualzinha à propriamente dita loucura e que a saudade é directamente proporcional ao tempo do último beijo.
Protestando dou comigo a imaginar palavras de ordem em desordem de ideias e descortino no meio da multidão de ideias que a minha dor é a tua intensidade e que o meu receio é o retrato fiel da narração narrada no eu que somos.
Afinal de contas o cabelo nos olhos, as lágrimas de protecção e a força retrograda têm a haver com o vento e este com o volume do som do nosso amor.
Protesto contra o vento porque sim, apenas.
Sanzalando
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