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30 de outubro de 2014

Perdido na estória do tempo

Perdido na estória do tempo, num tempo que deixei passar, umas vezes intensamente vivendo e outras assim num gastar gastado, vou caminhando na aprendizagem de um dia saber escrever sem ter que ditar as palavras que tu vais ouvindo como que te levadas pelo vento.
Olho olhadamente para o meu reflexo no espelho da memória e me pergunto porque fiz isto? E aquilo? E mais aquele outro não sei quê? 
Umas vezes perdendo-me num pequeno erro quase deixei de ser eu, pondo-me numa prateleira de madeira carcomida pelo bicho. Outras vezes grito NÃO e até pareço uma estrela. 
Perdido na estória do tempo, no tempo em que era difícil dizer não ao coração e que as lágrimas perdiam-se num afluente de um rio eu tive um sonho e, hoje, encontrado no tempo, mantenho o sonho e de palavras escrita com a minha mão, mesmo que trémula, tu irás ler que vou conseguir, não tarda, vivê-lo. 
Demore o tempo que for, perca mais tempo, gaste-o abusivamente, mas vai sobrar tempo para viver esse sonho.



Sanzalando

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