Sendo eu outra personagem de mim, aquela que vagabunda pela torreira do sol, redesenha contornos corporais escondidos em minis peças de roupa, deambulando beira-mar acima e a baixo como se a praia deste zulmarinho fosse um picadeiro de modelos, gostaria de, neste momento, olhar-te nos olhos, sentir-te respirar e dar-te um abraço como nunca ninguém te abraçou e sentir-me acompanhado e menos sozinho de mim.
Na verdade, aquecido pelo sol, quanto mais penso mais aumento o meu desejo de ser eu e não esta personagem da minha estória, vazia, sabor a mar e soprada de brisa na tez morena da minha alma.
Me sento a ver o zulmarinho e tento arrefecer a vontade de nadar mar abaixo, em direcção a qualquer sul que fique para lá da linha recta que é curva.
Sanzalando
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