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14 de junho de 2017

fantasma transparente

Bate o sol nos olhos e eles se fecham como que a me defender. Eu, ser invisível, porque não me vejo, torno-me num ser pensante, num fantasma real de mim. 
Franzida a testa pelo esforço de suportar os raios que tentam passar por através das pálpebras, sou um fantasma que parece está a pensar. 
É verdade. 
Eu, fantasma de mim, ao sol me deixo levar sonolentamente como se boiasse num rio de águas calmas, testa franzida, olhos fechados e sol a entrar no corpo como se eu fosse uma transparecia.


Sanzalando

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