Sei que estás a mergulhar no zulmarinho pareces és sereia. No tempo distante da minha memória também me vejo a dar mergulhos carregados de estilo. É verdade que o meu maior estilo era mesmo o estatelado em forma de chapão. Mas eu era vivo e ria, eu me deixava levar no entusiasmo da paixão, no dar o meu tudo mesmo que sem resultados práticos.
Vivia a vida.
Assim que nem agora, mas resguardado do frio que no presente não é memória, é real. Os mergulhos já foram, agora são entradas suaves e o estilo é mesmo o de cota. Lentamente deixando o zulmarinho me embrulhar com a salgada suavidade dos dias calmos.
Tu mergulhas no zulmarinho. Eu me deleito na memória. Tu dás braçadas até na jangada, eu me levito nas estórias que penso vivi.
Hoje está frio para caraças e eu, à volta da fogueira que agora chamo de lareira, busco a vida na memória, saboreando brisas e ventos leste de outras épocas.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário