Sentado no lancil do passeio da estrada que vai na praia onde costumo meditar no zulmarinho, me pergunto porque deixo partir o dia que foi ontem. Ontem perguntei porque deixei o tempo levar o ante-ontem e por aí fora. É que ainda por cima eu olho para trás e não o vejo. É injusto deixar os dias passar. Eu lhes seguro com todas as forças e com toda a força tento não abrir mão deles. Acho perdi o rumo dos meus dias. Não vejo os que passaram. Mas não vejo também o vazio deles.
Querem ver que os meus dias são os de futuro apenas. O lancil do passeio não me ajuda. Vou-me sentar junto a uma porta e deixa-la entreaberta não vá um dia passado querer ser futuro também.
Afinal de contas vou ver o zulmarinho e deixar esta estrada. Não vá um dia ser o último.
Sanzalando
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