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18 de abril de 2018

meditação primaveril

Hoje o vento não acordou e o meu cabelo penteado nem sai do seu estar alinhado. O zulmarinho parece é chão que apetece pisar até lá longe onde nem a vista alcança. Eu aqui medito, sentado, costas direitas e respirando um certo sabor a sal. Até parece que a Primavera acabou por chegar com saudade tropical. Não, não me vou analisar nem desmascarar o meu ponto mais frágil. Cimento-me nas marcas que a vida me deixou e grito as minhas exigências como se fossem fatias de fuba seca, gomos de laranja descascada a dedo ou metade da banana partida à mão. Medito envolvido nos meus modos na perfeição quase perfeita de amor feito.
Medito saboreando a Primavera quando lá, o Bero corre para o mar, feroz, derrubando obstáculos como se fossem frágeis ideias.


Sanzalando

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