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10 de dezembro de 2022

Zulmarinho, delírios ao sabor das ondas

E agora começa a preparação mental para a exposição das minhas letras transformadas em passos, caminhos, carreiros ou auto-estradas. 
Não é uma biografia, não é um conto, não é História. É um somatório de saudades, lembranças e de caminhos que me trouxeram até aqui. Há estórias da minha cidade quadriculada. Reais ou fictícias. Seja a verdade uma miragem, um oásis ou uma ideia pré-concebida, a minha cidade ali está desenhada, descodificada.
A minha cidade não existe. A cidade de hoje não é nem nunca poderia ser a cidade de então. A de amanhã não será como a de hoje. Mau seria o mundo se não fosse um mundo de mudança. A minha cidade de hoje não é a cidade que encontrei quando cá cheguei e espero que quando for a minha hora de partir ela seja diferente do que é hoje. Nós somos mudança mesmo que tenhamos resmas de estórias passadas. Eu quero só deixar esse caminho longo marcado nos hieroglifos das memórias de quem me ler.




Sanzalando

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