Desregradamente sigo em meu silêncio. Moribundo-me em cada instante de saudade. Calo-me em cada estado de espírito angelicamente. Sou presente que tem um passado a olhar o futuro.
Todos os meus caminhos levaram-me por uma estrada desenhada ao acaso, percorrendo um trajecto que chegou a um ponto que eu interrogo com certa exclamação. Vivi ou vi a vida como se ela fosse um filme que eu não interpretei? Não fui herói nem vilão.
Sou um anonimo caminhante que calado se fez à estrada. Sorrindo, por vezes com lágrimas, dou passos segurando a cada instante numa realidade imaginada.
Eu sou o meu caminho apesar de morto tantas vezes. Eu existo-me em cada instante, em cada passo e em cada olhar. Prolongo-me em cada gargalhada e embrulho-me no sal das lágrimas em instantes raros que me revigoraram.
Sou assim, defeito ou virtude, artificialmente imaginado na realidade possivel.
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