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17 de setembro de 2024

instantâneo

Deixado levar pelo tempo naveguei por saudades, nadei por mares de outrora e mergulhei em memórias de infância. Fui criança e foi bom. Fui adolescente e foi bom. Tornei-me adulto e gostei. Como adulto fiz mil coisas. Umas foram boas, outras nem tanto. Umas vezes errei e outras nem eu sei o que aconteceu. Não porque tivesse apagado da memória, mas apenas porque nunca soube o resultado. Algumas nem me lembro do que é que era e outras não tenho maneira de saber porque o tempo apagou a pegada que me podia levar ao ponto X. 
Agora, grisalhado e com menor número de cabelos por centímetro quadrado gosto-me. Não faço questão de saber se agrado ou não. Gosto-me e isso é-me muito mais importante porque só assim eu posso gostar de alguém.
Voltar atrás não é o meu horizonte. Recuperar tempo não é a minha meta. Vivo cada instante por instante. Sério, sorrindo, consciente.
Tenho saudades. Sinto-me nostálgico. Mas é sinal que eu tive lá, nesse tempo, nesse lugar, nesse instante. Que melhor posso eu querer da vida?


Sanzalando

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