recomeça o futuro sem esquecer o passado

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14 de dezembro de 2009

A 7ª e última desde aqui

O sol nasceu cinzento como nasce cinzento todos os dias por aqui. Deixei o dia acordar num bem acordado e lá fui eu para mais um verde onde as ideias brotam - deve ser da humidade - como brotam os verdes campos daqui. A estória vai crescendo, desta vez no papel, as personagens, algumas parecidas com personagens reais, vão tomando corpo e vida própria me obrigando a travar-lhes os ímpetos. Letra redonda para mais tarde conseguir reler antes de fazer como que nem fiz nas outras - desaparece para todo o sempre a Sebenta de capa vermelha. Mas por enquanto ela vai ficando travestida de letras em azul marinho, letra legível, parágrafos definidos num mais que perfeito saber por mim apresentado.
Pior mesmo é o frio que regela os dedos, o corpo que empacotado em muitas folhas como se fosse um bolo, fica de movimentos agarrados aos mais elementares.
Agora, num misto de tristeza e alegria, é hora de arrumar a mochila porque está quase na hora de pôr o ar serio de outras tarefas, guardar a sebenta vermelha, rever o que pode ficar para trás e amanhã poderá fazer falta, imaginar mais um ou dois parágrafos da estória que afinal vai passar aqui mesmo porque foi assim que ela quis.
Amanhã será outro dia noutro lado que ainda não vai ser o lado de lá onde o sol aquece, onde a minha alma renasce junto ao espírito da placenta se vê se a viagem tem continuação para além da memória.


Sanzalando

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