A realidade é que as nossas vidas se foram afastando. Primeiro geográficamente e, progressivamente, até ao ponto em que hoje eu não sei como és e quase tenho a ceteza que não sabes como sou.
As palavras que nos podiam ajudar a comunicar, encortar todas as nossas distâncias, se encontram nos espaços do silêncio, prisioneiras do passado, afundadas nos medos, caladas nas sepulturas dos fantasmas que inventámos, nos receios de sermos o que afinal sempre fomos, nascidos um para o outro.
Afinal de contas também este amor não passou de um instante nas nossas vidas.
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