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13 de março de 2010

por hoje poesei-me

Hoje me apetecia escrever poesia. Degrau supremo da literatura. Mas quem sou eu para tal ousadia?
Assim, olho para o teu rosto que me está fixado na memória, com a certeza que assim não me acompanhas no envelhecimento, não rabujas com o tempo nem me atropelas os passeios com um passo desprático.
Como os meus olhos nos teu, dirijo-te a palavra, com deferência, educação e algum picado de humor.
Te sinto mar, azul e salgada, ondulando suave e docemente como quem me ouve num quase adormecer. Ouço-te respirar como se tivesses medo que o ar se te acabasse.
Te sinto rosa, perfumada, linda.
Já sei que o que eu queria era escrever-te em poesia.


Sanzalando

2 comentários:

  1. Tu já és um poeta, querido amigo...
    Cada texto teu, é um poema inspirador, porque é um poema inspirado, dum homem romantico, sonhador e, verdadeiramente, inspirador.
    Beijos
    Vera Lucia

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  2. no dia 21 assisti a um Entardecer Poético. Disse-se fernando pessoa.
    Se soubesse que você estava aqui, não precisaria procurar qualquer outra poesia. O que você escreve é poesia pura. estou a adorar a minha descoberta. obrigada.

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