Deixo correr o silêncio como se fosse o meu sangue. Veias, artérias e demais pontos estão cheios de silêncio. Nesse silêncio, onde não se encontra hemoglobina, leucócitos e linfócitos, plaquetas e demais corpos e anticorpos, encontra-se a memória, aquela que até parece que me pagam para transportar em cada instante, mesmo que me faça soltar lágrimas, mesmo que me faça querer desaparecer, aquela que me martiriza a memória. Posso esconder-me no mais recatado recanto do circular mundo que ela lá está, agarrada ao meu silêncio, agarrada ao meu corpo. Seja inverno, seja verão, chuva ou faça sol, o meu silêncio trás-me a memória da saudade desse amor eterno. E eu, silenciosamente, tenho que ter a memória viva. Eu sou esse silêncio, quer queira quer não.
Rádio Portimão
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8 de março de 2010
silêncio de memória
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estou encantada. Lindo o que escreveu.
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