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20 de novembro de 2012

Faltei no trabalho com o Brigadeiro para não escrever a estória

Hoje me acordei como quem acorda com mais sono do que aquele com que se deitou. Não fui na farra, não bebi umas e outras, não ginguei o corpo na cama. É mesmo só estar cansado e aquele 3 metros de cintura às vezes também precisam de saber o que é a vida sem chofer da treta.
Bem, de verdade eu tenho a mania de sonhar tudo, de dizer o indizívelmente mesmo em silêncio e por isso às vezes suspiro e me agarro nas certezas absolutas dumas teorias que imaginei e escrevi a pensar que mesmo não tendo acontecido são verdadeiras e depois a noite é carregada de pesadelos sem hora nem lugar, sem luz e sem luar, num silêncio absoluto de quem está a dormir embalado pelo suave marulhar dum mar imaginário.
Eu quero o tudo ou nada e ainda penso se ele andou de camuflado, arma na mão e chegou a brigadeiro por bravura ou se foi mesmo cunha dum favor feito se sabe lá porquê. 
Eu acho que nasci para trilhar o meu caminho na biografia desse gordo que precisa calçadeira para entrar no Jeep. Mas hoje eu precisa deixar de apontar na memória os gestos dele para não tropeçar na barriga enquanto tenta me reduzir à insignificância



Sanzalando

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