Levantando de modo suave o botão da pausa dou comigo a olhar-me como se olhasse um espelho que não tenho. Miro-me de alto a baixo e reparo que tem carinho que parece uma briga e se faz acompanhar de um sorriso. Às vezes tem risos que parecem choros quando há choros que são de alegria. Tem momentos que me olho com mais atenção e vejo que tem dias que parecem noite e a sua tristeza parece escrita na forma de poesia.
Olho para o espelho que não tenho e vejo que tenho motivo para viver de novo e não preciso de motivo novo porque tenho-te.
Olho-me para o espelho que não tenho, clico no botão que retira o modo pausa e retomo-me com o coração mais feliz.
Olho no espelho da recordação e vejo que caí quando não devia, a loiça que me foi dada á responsabilidade de transportar foi salva porém, sobrou a vergonha de ter caído no momento e lugar errado com gente muito boa que sorriu de preocupação vista no olhar e eu corado até no tutano dos ossos que não sei se o têm.
Olho-me para o espelho e revejo-me a olhar para a avó que pedi emprestada e que camaradamente me acolheu de sorriso e espírito aberto.
Olho-me no espelho que não sei se existe e vejo uma alma feliz a me acompanhar.
Sanzalando
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