Eu pego num batuque e finjo sei tocar no ritmo que nasci. Faz conta é merengue, faz conta é samba, é ritmo puro. Claro que eu estou a falar do meu ouvido duro que às vezes nem campainha de porta ele ouve.
Mas nesse ritmo do eu africano eu canto:
- Faz conta fiz um verso
carregado de melancolia,
mas saiu uma prosa
de assunto tão diverso
que nem a cor do dia
eu diria,
nem a lua
eu acharia.
Inventei um refrão que repeti cem vezes
é o espinho da rosa,
é o luar sem lua
é o rumo da prosa
da alegria mais pura
e depois continuava a cantar
versos que vão...
assim num repente me calei e olhei a minha voz rouca, desafinada e preferi calá-la. Não dou mesmo para esta coisa da música.
Sanzalando
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