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2 de dezembro de 2014

coisas da música ou nada a haver

Eu pego num batuque e finjo sei tocar no ritmo que nasci. Faz conta é merengue, faz conta é samba, é ritmo puro. Claro que eu estou a falar do meu ouvido duro que às vezes nem campainha de porta ele ouve.
Mas nesse ritmo do eu africano eu canto:
- Faz conta fiz um verso
carregado de melancolia, 
mas saiu uma prosa
de assunto tão diverso
que nem a cor do dia
eu diria, 
nem a lua
eu acharia.

Inventei um refrão que repeti cem vezes

é o espinho da rosa, 
é o luar sem lua
é o rumo da prosa
da alegria mais pura

e depois continuava a cantar

versos que vão...

assim num repente me calei e olhei a minha voz rouca, desafinada e preferi calá-la. Não dou mesmo para esta coisa da música.


Sanzalando

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