Olho o mar e vejo-o calmo. Se estivesse na minha terra eu diria que estava a ver o ondular do deserto. Mas aqui ele é azul e lá é amarelo. Ambos de perder de vista, mas agora ambos calmos e eu dou comigo a pensar que sou brigão, exageradamente rufia, por vezes bruto e outras tantas vezes exagerado.
Olho o mar e dou comigo a pensar que preciso de um porto de abrigo, um ombro solidário, uma carícia que afague as minhas debilidades, que alise as minhas irregularidades mentais e me segure do medo.
Olho o mar e dou comigo a navegar nas areias sem fim, a correr em vão em busca dum prémio que não existe.
Olho o mar e vale a pena meditar sobre os meus pés calejados, sobre as vidas vividas e os abraços dados.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário