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21 de novembro de 2016

parou de chover

Parou de chover. A areia da praia está húmida, brilhante, cola.se aos pés como nunca. Caminho com esforço tentando calar esta minha vontade enorme de caminhar mesmo que seja para lado nenhum. O tempo não pára de avancar. Aumenta a vontade de o parar. Caminho meditando calado ou soletrando versos soltos que me vêm ao acaso à memória. É preciso ter uma grande memória para ter memória. Passos curtos na areia, pensamentos divagantes na cabeça e no coração a tranquilidade de ter feito o que sempre quis.
Parou de chover e eu não paro de caminhar mesmo que seja a quilómetros do meu pensamento, do meu querer e do meu estar.
Parou de chover, as minhas pernas não param e o meus ouvidos ouvem o silêncio do mar por trás do marulhar.

Sanzalando

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