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20 de fevereiro de 2018

eu, sol de inverno

Levito na sombra da falésia neste dia de sol de inverno. Se me chamassem de cebola eu ia rir. Camisa, camiseta e camisola e ainda assim eu vou tremer não me conheço eu. Mas o sol me chamou e eu vim ver o zulmarinho baloiçar nos meus pés. É um assim de todos os dias, um não desistir de mim, de ser e não esquecer, de confundir verdades com permanecias vitais de todos os apesares, de todas as formas de ser valente. É assim uma forma de ser feliz na dança das ilusões. Os teus olhos até que brilham e os meus também. Os teus lábios me sorriem, e os meus também. Tens esperança e eu também.
E lá em baixo o zulmarinho continua a marulhar o perfume de maresia neste sol de inverno.


Sanzalando

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