Medito sobre palavras embrulhado em frio. Canto em silêncio a estória da minha vida. Pelo menos a que eu imagino que vivi.
O frio aperta e o vento sopra como a que lhe afiar de modo que entra nos buracos da lã e chega até nos ossos. Tempo frio em tempo de meditar.
Deixo pensamento sobre pensamento como se fosse um castelo de pedra que estou a construir. Se chorei? Uê, não tem conta as vezes. Se ri? hum, não sei se não foi mais que as outras. O mundo caiu nas minhas costas? tse, não sei como aguentei.
Não tem frio que me aqueça nem arrefeça o estado de alma. Rotina é tortura e por isso medito para ser diferente. Não tem dor maior que a minha vontade.
Sanzalando
Sem comentários:
Enviar um comentário