Hoje o sol brilha envergonhado. Assim, agarro no meu corpo e vou por aí ao deus dará, à sombra ou ao sol, diferença quase não há. Vou ver o mar. Vou ver as areias dunais. Vou por aí que aqui não me apetece ficar. Este aqui é vago. Cómodo e seguro, calmo e sereno. Mas para que quero isto se amanhã não sei se o sol nascerá? Por isso vou por aí. Um dia vá para lá. Não é hoje. Feliz ou infelizmente, incerteza própria da dúvida constante. Mas hoje não fico aqui porque o sol, embora envergonhado, brilha.
Se eu pudesse suspender o pensamento, assim fazer uma pausa, paragem, eu ia para um lugar do lado do poente, mais perto de ver o sul, sem barreiras, sem muros, sem entraves de qualquer especie. Ia por ir, como hoje vou, ao deus dará.
Sanzalando
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