Aproveito o sol de quem vai chover porém não. Arco-íris não vejo, nuvens muitas salpicadas de abertas para meu contentamento.
A brisa que sopra é a inversa à velocidade que me desloco. O meu raro cabelo não se mexe. Os mosquitos parecem zonzos porém mantêm a mira certeira em mim.
Caminho por aí, a bombordo tenho o zulmarinho e a estibordo a saudade. Olho para a linha recta que é curva, a que me separa do lado de lá da minha imaginação, e me deixo levar por imagens que já não sei se são reias ou só fruto de um filme que inventei na tela da minha memória. Acelero o passo para dizer que o meu coração bate à velocidade com que caminho e não por emoção.
Sombra e sol, nesta maresia que me leva para lá de mim.
Sanzalando
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