Me olho no espelho de água, deste zulmarinho que hoje virou mansinho parece é lago, tremo de emoção de ver os meus olhos com olhar tranquilo transparentizando pensamentos que não me atormentam nem me naufragiam em ansiedades. Acho o pulso deve estar calmo, sem turbilhões nem vontades de fazerem saltar células nos poros desentupidos pelo calor primaveril.
Me olho sem medo de afastar os meus olhos, sem vontade de atirar palavras ao deus dará, respeitando silêncios profundos que mais não dizem que sentimentos intensos, sem me importar de controlar o ar que respiro numa cadência longe da ansiedade. Sereno, longe de todas as mentais confusões, ponto final de tormentas, desnovelados sentimentos criados em emaranhados sonhos por realizar, consigo pôr-me no pedestal da capacidade de ser feliz, enterrando medos, subterrando criações fantasmagóricos trazidas de anos de crescimento medrosos.
Não preciso ser forte para resistir porque eu não sou a minha ansiedade, eu protejo-me na inteligência da viver todos os momentos com vontade.
Sanzalando
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