Não me canso de ver o zulmarinho, esse mar que me liga até no outro lado de mim. Esse mar de correntes, de ventos e calmarias, de ondas e tempestades, que vai até dentro de mim. O zulmarinho não separa, une. Liga-me à minha origem, ao meu ponto de partida que mesmo que o pintem de outras muitas cores continuará a ser o meu ponto inicial. O zulmarinho, por vezes rebelde, outras sensato e outras que quase nem existe, é a união de mim com o eu que me fui fazendo ao longo dos tempos.
Não me canso do zulmarinho como não me canso de mim, mesmo que pense que quando escrevo bonito é porque alguma coisa vai mal, mesmo que as palavras escritas saibam a oralidade, mesmo que a memória me conte estórias que reais foram inventadas. Esse zulmarinho é parte de mim e o será para sempre mesmo que o silêncio ocupe o espaço do marulhar, mesmo que o brisa sopre vento ou a maresia tenha um cheiro fétido.
Sanzalando
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