Faz sol e faz vento. Afinal de contas dizem-me que aqui na Europa é mesmo assim. O ano tem estações e nalgumas é mesmo assim, bem definidas. Eu digo por experiência própria que tem dias de 4 estações, quando não tem de mais aimda e não estava a pensar nas estações de serviço que a gente usa em caso de necessidade.
Aproveitando este dia de verdadeira Primavera, bem definida nos compêndios escolares do antigamente sul, estendido na areia junto ao zulmarinho, protegido dos ventos nortes e outros que nem sei de onde sopram mas sinto que sopram velozmente sobre mim, vou-me divagando vagarosamente sobre ideias e conceitos, sobre memórias e imaginações, sobre vivências e suas incongruências.
Uma coisa aprendi ao longo do tempo, que é não ter medo da vida nem de vivê-la. Se tem as 4 estações e mais algumas indefinidas quer dizer que tem tempestades e tem dias de sol, tem noites escuras e noites de luar, tem caminhos que sobem e descem e que levam a algum lugar mesmo que o lugar seja comum. Imagina só eu atleta sempre no pódio ia pensar que ganhar era fácil e ia esquecer as horas de treino, de esforço que ninguém vê, das dores que mais ninguém sente. Não tinha piada não libertar as minhas lágrimas assim como um dia ou outro de chuva. O capim até cresce bem verde depois.
Na vida vi que quando estou fraco tenho tendência de usar a força, que de certeza vai faltar pela fraqueza em que me encontro, e, quando me sinto forte tenho capacidade de pensar e usar a inteligência. Assim, somando o insomável dou que preferi sempre ser forte, mesmo que os ventos cruzados me tendam a rebaixar para a insignificância da fraqueza. Sou um sonhador de ideias que luto por ser assim.
Sanzalando
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