recomeça o futuro sem esquecer o passado

Podcasts no Spotify

16 de junho de 2018

Zulmarinho em fim de primavera

Um dia, já esqueci do tempo que lhe passou por cima, vim parar num lugar que além da divisão dos dias e meses tinha também as estações, que não são como as dos comboios nem as dos radios. Cacimbo e calor tinham ficado no outro lugar. Neste lugar tem três meses de frio de gelar até no osso. Três de tempo é mistura a dar assim para aquecer, tirado o vento, a chuva e o granizo. Três de calor que até parece o suor vai desaguar num rio próximo. E tem outros três que alem das folhas caírem das árvores, tem frio, tem vento, tem chuva e tem desvontades de fazer nada. Nessa da primavera, que foi a segunda que falei, porque aqui comecei pela primeira quando cheguei, este ano foi diferente. Sem tirar nem pôr foi igual na primeira. Até ontem, porque ontem vi o zulmarinho da mesma cor que lá no principio dele. Mas não tem pica-pica porque esse não ia sobreviver no gelado mar em que ele se transformou. Hoje nem dedão lhe dei a tocar, ouvi coros a fazer breeee de frio. Amanhã vai ser outro dia e lhe desconheço a cor, o brilho ou a temperatura.

Sanzalando

Sem comentários:

Enviar um comentário