Quem sou eu? Um amigo. Um ser comprometido com a realidade. Um ser, filho ou pai do zulmarinho, nascido para os lados de lá, vivendo nos lados de cá, pouco importado com a geografia, mais focalizado no estar e no ser. Adorador do sol quente, das cores garridas e da gargalhada verdadeira. Detestador da fatalidade, da grosseria e do abuso. Amante da amizade, fraternidade e da igualdade, sendo que esta pode ser desigual sem perder a igualdade. Fervorosamente contra o despotismo, racismo e qualquer discussão em que a base seja a paixão e não o conhecimento. Desporto, religião e amor/ódio estão neste patamar. Não discuto. Converso.
Olhando para todas as minhas palavras já ditas, vagabundando pelos meus escritos, soltos, dispersos, prosaicamente sem versos, vejo-me com respostas que, partindo do coração chegam ao cérebro carregadas de razão.
Quem sou eu?
Divagando numa primavera que não chegou e quase acabou, sou um procurador, um buscador de lugar comum para estar, preferencialmente sorrindo, amando e gostando simplesmente. Tentei ser contador de estórias e a estória era eu. Tentei vender ideias mas sem ideia do que fazia. Procuro um lugar de vagabundo mental, que pode ser uma escadaria onde olhe para lá da linha recta que é curva, pode ser um vão de escada que em vão me receba, pode ser um passeio que não me leve a lugar nenhum. Sou simplesmente eu que procuro encontrar uma luz que me faça ver o túnel.
Sanzalando
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