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5 de junho de 2018

silencioso tempo que passa em melodias de infancia

Tem horas que é impossível esconder o meu próprio silêncio, suplantado pelo ruído interior de mim.
Se existo na minha miscelânea de  vivências, de sobressaltos e sossegos, de medos e glórias é porque consigo sobressair-me da minha ausência, sobrar-me de receios e plantar-me de certezas tomando como certo que a minha vida depende de mim para ser usufruída.
Tenho a certeza que as palavras soletradas num qualquer papel têm o barulho do meu coração num bate bate que parece é pingo de relógio de areia, silencioso tempo que passa na forma de ser um coração apaixonado.
Tem horas que o canto dos pássaros embalado no barulho do vento nas folhas das árvores nos fazem ouvir melodias de infância.
Silêncios e sons num tripé de sentimento podem ser angústia ou ansiedade, porém são, ao certo sinais de vida, mesmo no final da primavera.

Sanzalando

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